Taboa

Typha domingensis Pers.

Reino: Plantae
Divisão: Tracheophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Typhaceae
Gênero: Typha
Espécie: Typha domingensis Pers.
Nomes populares: Taboa, Bucha, Capim-de-esteira, Espadana, Landim, Paina-de-flecha, Pau-de-lagoa.

Características: A Taboa é uma espécie herbácea, nativa do Brasil, com caule do tipo rizoma (subterrâneo), que cresce nas margens de lagoas e represas, brejos e pântanos, sobre solos permanente ou temporariamente alagados. É muito resistente à salinidade. Possui propagação rápida, formando populações grandes e densas, e é amplamente distribuída no Brasil, sendo considerada espécie invasora em vários países e ilhas. Possui folhas planas, estreitas, com até 2,5 metros de comprimento. A inflorescência tem o formato de uma espiga cilíndrica, de cor castanha, que se destaca quando a planta está fértil. A paina das inflorescências é usada para o enchimento de travesseiros e almofadas. As fibras das folhas são resistentes, sendo amplamente utilizadas em artesanato, na produção de esteiras de dormir, bolsas e cestas. Cabe destacar que em Maricá, Rio de Janeiro, a utilização da Taboa vem apoiando o sustento de muitas famílias. Seu rizoma é rico em amido; se tratado, produz polvilho comestível. A espécie também tem a capacidade de fitorremediação (purificação) de águas contaminadas e serve de abrigo e alimento para roedores silvestres e local de nidificação de aves aquáticas.

Propriedades biológicas: Antioxidante, inibidora da absorção de açúcares, antimicrobiana e hemostática.

Origem: Amplamente distribuída através do mundo.
Distribuição Geográfica: Norte (Amapá, Pará, Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe), Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso), Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo), Sul (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina).
Domínios Fitogeográficos: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal.
Tipo de Vegetação: Área Antrópica, Caatinga (stricto sensu), Campinarana, Campo de Várzea, Manguezal, Restinga, Vegetação Aquática.

  1. Autores: Dayana Peixoto, Bruno Coutinho Kurtz, Marise Maleck
  2. Fotos: Dayana Peixoto, Renata Gama Aimoré
  3. Ilustração: Maria Luísa da S. C. de Carvalho

Bibliografia sugerida:

AL-KALIFAWI, E.J.; AL-AZZAWI, Y. A.; AL-FARTOUSI, K.K.; HIND MEZHER MUSA, H M. Physicochemical, phytochemical profiling and Biological activities of leaves extract of Bardy (Typha domingensis Pers.) from Al-Chibayish marshes in southern Iraq. Global Proceedings Repository American Research Foundation, 2017. Disponível em: http://proceedings.sriweb.org/akn/index.php/art/article/view/71. Acesso em: 13 mar. 2022.

CHAI, T.; MOHAN, M.; ONG, H; WONG, F. Antioxidant, iron-chelating and anti-glucosidase activities of Typha domingensis Pers (Typhaceae). Tropical Journal of Pharmaceutical Research, v.13, n.1, p. 67-72, 2014.

FLORA CAMPESTRE. Typha domingensis. Disponível em: https://www.ufrgs.br/floracampestre/typha-domingensis-taboa/. Acesso em: 06 nov. 2021.

FÜRST, O. Biboca Ambiental: macrófita - plantas aquáticas. Disponível em: http://bibocaambiental.blogspot.com/2018/03/macrofitas-plantas-aquaticas.html. Acesso em: 02 set. 2021.

GBIF. Typha domingensis Pers. Disponível em: https://www.gbif.org/pt/species/5289534. Acesso em: 11 mar. 2022.

Sobre a Revirflora

este projeto tem por objetivo identificar as espécies mais representativas da orla da lagoa de Araçatiba.